Cardigans, “Hanging around”, 1998 (e não 1999, como aparece no final). não lembrava que o “Gran turismo” tinha uma terceira música boa – na verdade, ouvindo agora, ela é até melhor que “Erase / rewind”…
Mês: Outubro 2006
agagaga
você sabe que está velho quando começa a prestar atenção em anúncios de armários planejados.
negação
bem no dia em que comecei com a dieta de South Beach aparece uma situação desesperadora: o Lelo pediu comida no McDonald’s e eles entregaram não um, mas dois McNífico Bacon para ele.
como ele tem o estômago de moça, disse-me que não agüentaria dois e ofereceu-me um. com força de vontade, rejeitei de plano e guardei-o no forno, avisando ele de que ali estaria – se ele jogasse fora, iria se ver comigo. e resisti bravamente. enquanto isso, ele não conseguiu nem comer o outro McNífico inteiro…
sinfônica de Londres
e a propósito de ser bon vivant, uma das coisas que eu tenho que me resignar e entender é que nunca vou ser como o Bryan Ferry. infelizmente.
filarmônica de Berlim
foi aniversário do meu tio Valmir, meu conselheiro para vida profissional, no domingo passado. não consegui localizá-lo por telefone, então escrevi um mail dando-lhe os parabéns. no outro dia consegui uns dedos de prosa. dei os parabéns de novo e começamos a conversar sobre a vida.
uma das coisas sobre as quais a gente sempre conversa é sobre meu pai, irmão dele. por dois motivos: primeiro, porque meu pai se cuida muito mal (colesterol alto, 17 anos sem tirar férias e outros fatores esparsos). segundo, porque meu tio é um bom interlocutor quando tenho impasses com meu pai.
é verdade que, num mundo perfeito, eu não precisaria de interlocutores com meu pai. mas já diminuí bastante a necessidade de ter alguém intermediando as coisas e, eventualmente, dou umas peitadas no meu pai – não com o sentido de chamar para a briga, mas no de manter minhas opiniões quando acho que estou certo. é algo com o que o Marcelo me ajudou muito, também.
mas bem, falamos da vida profissional. disse a ele dos meus planos na Telerj, voltei a dizer que não quero ser classe média para sempre, que meu objetivo era ser o Daniel Dantas – coisa que também vivo repetindo pra ele. e dessa vez ele disse que achava que eu poderia ser um bom Mário Garnero, mas não o Dantas, por umas diferenças de perfil.
gostei de ouvir isso, mas quem me dera ser o dono da Brasilinvest. de toda forma, aquilo mudou a minha idéia de vida mesmo, já que dificilmente tenho tantas indisposições públicas quanto o mestre do Opportunity – que foi objeto de um estudo de caso na aula de ontem à noite na Telerj – e que, a exemplo dos filhos do senhor Garnero (e do próprio), gostaria de exercitar meu lado bon vivant. é fácil? claro que não. mas, caso eu não consiga, não será por falta de esforço…
contos do capitalismo
a aquisição da Inco pela Companhia Vale do Rio Doce, essa semana, foi uma das mais belas histórias do protocapitalismo brasileiro, além de ser a maior de todas. estou lendo tudo que me cai na mão sobre ela. espero, de coração, que outras negociações superem essa tanto em volume quanto em histórias. mas dessa eu vou me lembrar para sempre.
joguem-me pedras, por favor
publiquei hoje um editorial no Portal do Geólogo, defendendo apaixonadamente as privatizações. vão lá e me joguem pedras, s’il vous plait.